Fernando Ferreira contesta o argumento de que a diminuição de R$ 1,90 para R$ 1,75 prejudicaria a população.
O promotor Fernando Ferreira entrou com recurso contra a decisão do desembargador Luís Gonzaga Brandão, que manteve o preço da passagem em R$ 1,90, como havia estabelecido o decreto do prefeito Elmano Férrer. O juiz Oton Lustosa havia concedido liminar mandando baixar a passagem para o valor antigo, R$ 1,75, mas a prefeitura recorreu e o desembargador resolveu manter o aumento.
Segundo o promotor Fernando Ferreira, a prefeitura é contraditória em seu argumento, que diz que a população seria prejudicada caso não haja o aumento. Para Fernando, a lógica é justamente o contrário. "O aumento foi feito com base em uma planilha que não se sabe bem como funciona. O que a prefeitura alegou, de maneira absurda, é que se não houvesse aumento a população seria prejudicada. Estranhamos como a prefeitura tem agido porque a permanência do valor em R$ 1,75 não traz prejuízos à ela", declarou o promotor.
Ele disse ainda que a defesa da prefeitura em relação aos empresários "causa estranheza". "Ao invés de ter o Ministério Público como aliado na discussão do que é melhor para a população, a prefeitura prefere defender os empresários, que querem a tarifa alta e a não licitação das linhas de ônibus", afirmou.
O recurso foi impetrado no Tribunal de Justiça. Como está havendo mudança na presidência da Casa, o promotor acredita que a decisão só sairá por volta do dia 10 de junho. A posse do desembargador Edvaldo Moura no lugar de Raimundo Nonato Alencar ocorrerá na próxima terça-feira.